sexta-feira, 29 de abril de 2011

Falta de Tudo


Saudade! Do que não foi, do que poderia ter sido, do acontecimento, do ousado, de fazer o que ficou inacabado, das palavras que não foram ditas e nem  ouvidas, do momento, da convivência, do que se foi, do que eu não vi, de tudo que foi tirado pelo ódio, pelo ócio, orgulho, ignorância, insegurança e mediocridade.
 Principalmente... Falta da presença que se tornou ausência e agora é vazio.

Vontade! De recuperar o tempo perdido, de gritar, chorar, espernear, enlouquecer pensando no que escapou, fugiu, vazou, perdeu-se de tal forma que não pude segurar, amar, afagar, compreender e perceber antes do que não existe mais se desfizesse.

De como o verbo, Ser, Estar e Continuar... 

Exprimir!  Falar, gritar e criar, as vozes reprimidas  quando são liberadas  ferem, maltratam, humilham, criação é a forma de usar a imaginação com ou sem palavras e soltar os sentimentos guardados.

Permitir... A conversa, o abraço, o  perdão, o desabafo, a tolerância, a humildade, otimismo, relevância, carinho, riso, afago, liberdade, compaixão, o que foi abalado, arrancado e proibido. Para que os erros passados não tragam remorso do que já foi e não pode ser recuperado.

Coragem! Porque o medo rouba coisas demais, gera frustrações, omite sentimentos, oprime a emoção, impele a ação causando imensa culpa pela covardia ter prevalecido sobre as próprias vontades. 

Falta, o que não existe, o que não tem maneira de ser reconstruído ou remendado, falta cada segundo que foi  dilacerado pelo tempo.

Querer!  Refazer cada pedacinho do que ficou pra trás, paralisar o tempo, o momento das decisões que não foram tomadas e o momento de agora já não permite. Tornando fugaz e doído tudo quanto é sentimento arrependido, caindo livremente no que pode ser feito agora e  no que ainda temos á disposição o verdadeiro aprendizado.

Nenhum comentário: